O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, é considerado a maior infraestrutura aeroportuária do País. Com uma pista de 3. 000 metros de comprimento, 45 metros de largura e uma plataforma de estacionamento com condições para receber 10 aeronaves em simultâneo. O aeroporto tem a capacidade para processar 2.000 passageiros por hora, sendo, portanto, uma infraestrutura estratégica para a aviação em Cabo Verde.

Inicialmente concebido como um aeródromo, propriedade da empresa italiana, LATI (Linhas Aéreas Transcontinentais Italianas) teve a sua construção concluída em 1939. Encerrado durante o tempo que durou a Segunda Guerra Mundial, (de 1939 a 1945), o Aeroporto do Sal foi adquirido por Portugal, reabilitado e reaberto a 15 de junho de 1949.

Escassamente frequentado nessa altura, conheceu maior utilização, a partir de 1960, com os chamados Voos de Amizade TAP/Panair, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro, com escalas no Sal e no Recife. A transportadora sul-africana, South African Airways, teve nessa altura, um importante papel para o desenvolvimento do Aeroporto do Sal, tendo iniciado em agosto de 1963, os voos comerciais Johannesburg/Windhoek/Sal/Roma.

Esse interesse da SAA obrigou a administração portuguesa a investir na remodelação do aeroporto, construindo uma nova pista, taxiways (caminhos de circulação), plataforma de aeronaves e um novo terminal de passageiros, tendo as obras decorrido entre 1963 e 1966. Para aumentar os níveis de segurança e contribuir para a regularidade das operações aéreas, em 1973 o Aeroporto do Sal foi equipado com um ILS (Instrument Landing System), Sistema de Aterragem por Instrumentos, que incrementou a categoria para uma pista de precisão, permitindo-o receber operações em condições atmosféricas adversas.